terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Como é que foi mesmo?






Bom, eu precisava de algumas informações, liguei para um tal de Milton. A conversa foi meio confusa porque tudo o que eu tinha ouvido falar dele era: ele é bravo e trabalha no planejamento.

Confusa porque ele me deu parabéns pela minha promoção (que já tinha acontecido há uns 3 meses), ele foi muito gentil e eu levei um tempo para conseguir o que precisava. Achei simpático, desliguei e logo precisei de outra informação, honestamente, estava cheia de trabalho e resolvi mandar um e-mail, nada contra, só não podia alongar a conversa. Ele me respondeu rapidamente o que eu queria e desejamos bom trabalho um ao outro.

Um tempo depois, lembro de estar cansada esperando dona Fernanda na porta da empresa e resolvi seguir caminho sentido São Joaquim, talvez ela já tivesse ido embora, vai saber… Mas sempre que dava alguns passos (bem apressados se me lembro bem) olhava para trás e me deparei com um SER tirando sarro da minha cara, provavelmente pensando: essa menina deve ter TOC. Virei irritada (só que não) para me justificar e dizer que não era louca e ali se desenrolou uma enorme conversa sobre livros e Paulo Coelho, ah, a Fernanda chegou, mas eu não dei muita bola. Hahahahaha.

Várias vezes eu precisei da ajuda deste tal de Milton e acabamos conversando, mostrando como podemos ser muito engraçados ou muito inconformados com o mundo em que vivemos, que uma garotinha marota como eu também ouvia Led Zepelin e que eu tenho péssima memória para guardar nomes de música. O que rendeu muitas piadas. Muita risada, gostos em comum, viramos então melhores amigos, confidentes, compatilhávamos nossos problemas, ajudávamos um ao outro, nos zoávamos muito, ouvíamos música, falávamos sobre história e política, nos impressionávamos com a semelhança de pensamentos, enfim, ali nascia uma amizade que eu nunca tive antes.

O primeiro almoço, ali estava dona Janaina Magalhães, que não quis mais almoçar com a gente porque se sentia por fora dos assuntos. A gente se dava tão bem por e-mail, mas pessoalmente era um fiasco. E a gente ria disso. Um dia, não sei como, não me lembro exatamente o momento, mas a janelinha subiu com o nome dele e meu coração disparou, a respirção mudou, só lembro de ter percebido o que estava acontecendo e pensando: NÃO PODE SER!!!!!

Bom, daí pra frente tentei negar milhÕes de vezes que não estava afim do meu melhor amigo, enlouqueci, emagrecia sabe-se lá quantos quilos (foram muitos, muitos mesmo). Eu disfarçando era péssimo, minhas amigas percebendo o que estava acontecendo… Aiai… e pela primeira vez eu detestei sair de férias.

Mas mesmo assim íamos almoçar juntos e eu pensando em tudo que era possível para voltar ao estado de melhor amigo. Não dava. Ele era perfeito. E agora? Eu prometi para mim mesma e jurei para minha mãe que me deu vários puxões de orelha que me afastaria dele, minhas férias terminaram e só ficava pior. Abri meu e-mail e vi um lindo arquivo de Excel cheio de macros me desejando boas vindas e falando sobre como estava com saudade. Derreti de vez. Naquele dia nem sei quantas nauseas eu tive, quantos quase infartos eu tive, quantos PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER eu disse, só sei que a caminho de uma prova  da faculdade super difícil eu ganhei o melhor presente da minha vida.

Hoje, ele é muito mais que meu melhor amigo e namorado. Cada dia que passa percebemos que não há outra pessoa que nos complete, que somos feitos um para o outro e que foi feito para durar para sempre. 

Temos dado grandes passos, tomado grandes decisões. E tudo o que desejo é que ele seja muito feliz e sei que farei de tudo para que ele seja a pessoa mais feliz desse mundo. Sei que o amo muito e que ficaremos velhinhos juntos. Sei que sou muito grata por tê-lo em minha vida e que o aniversário pode ser dele, mas o presente sou eu quem ganho todos os dias. Em pensar que tudo começou com: Você sabe se essa operadora está vindo trabalhar?

Desejo muitos anos de vida, muitas felicidades e realizações e que eu possa estar ao seu lado sempre.


Te amo muito, Milton.