segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Livres, só que não

                                               


Alguém me dê arruda, mas o galho mesmo, daquele que espanta o mau. Assim poderemos nos livrar do Arruda com arruda.

Olha, difícil é saber que as pesquisas apontavam como vencedor para governador da Capital o tal do homem com nome de galho de árvore. Mesmo ele sendo, comprovadamente, praticante do que chamam ser o mal deste país: a corrupção.

Aí, em um ato de lucidez, temos uma decisão que nos livra desse mau – amém, porém, sempre há o tal do porém, fazer o quê? Em seu lugar é colocado outro, arruda do mesmo galho e sua vice é a senhora esposa do tal, comprovadamente, corrupto.

Triste. Muito triste. Não aprendemos nada com nossos Hermanos, que largaram um Kirchner corrupto por outro. Apesar de que trocamos uma estrela barbuda por uma carrancuda. Simão dá uma ajuda aí! Buemba, buemba em Brasília!

A vontade que dá é espantar a tucanada, jogar de volta essas estrelas oferendas de Iemanjá e descobrir a quem, afinal, a dona acreana serve: ao povo de deus ou ao resto do povo.


Enfim, galhinho de arruda nessas eleições! Porque somos livres, só que não.

Eu escrevo porque...




Aos que me perguntam por que eu gosto de escrever, já que, para a maioria, ler e escrever é algo chato, difícil e cansativo, pareço uma aberração por ter prazer em realizar ambas as atividades. Então eu explico:

Eu não escrevo para agradar. Eu escrevo porque gosto, porque me sinto livre. Logo, se eu escrevesse para agradar, não seria livre e de falta de liberdade já estamos fartos. Eu gosto também das palavras, de como elas soam, como eu as leio e como elas me leem. Tão belas, tão verdadeiras, tão sãs dentro do caos gramatical que eu causo.

Eu gosto de escrever porque respiro, e só vou parar de escrever no dia em que parar de respirar. Porque eu sou feita do meu idioma e de toda a beleza que ele explica. Eu gosto de escrever porque me sinto vivo, me parece que provo minha existência sempre que pego a caneta ou que abro o Word. Eu gosto de gostar de escrever. E ainda digo que só não gosta quem não tentou.

Acontece que quando escrevo provoco milhares de reações químicas no meu cérebro, viro pura energia. E quando escrevo eu vejo que homenageio todos aqueles que, assim como eu, também vivem desse vício. Enfim, eu escrevo porque sim.